Dizer que os cristãos atualmente são obrigados a observar ou praticar algumas regras do Antigo Testamento  quanto aos sacrifícios, ao uso de vestuário e mesmo a hábitos alimentares, constitui-se em um erro gravíssimo de interpretação bíblica, principalmente pelo fato de que esse tipo de interprete não considerou o contexto histórico-cultural ao tentar interpretar a Palavra de Deus. Certamente este entendimento é fruto de leituras de passagens do Antigo Testamento sem ser considerado o que elas significavam para os leitores originais. Assim, ninguém pode desconsiderar ou ignorar o princípio de que as referências de sacrifícios e costumes de passagens vero-testamentárias são fatos históricos e específicos que somente serviu para o povo de Israel, e que no máximo só poderão ser aplicados como ilustrações para aplicar uma verdade mais ampla. Além disso, não se pode desconsiderar que as leis cerimoniais dos hebreus já foram cumpridas em Cristo.

Por isso, Uma correta interpretação para passagens do Antigo Testamento seria considerar pelo menos três processos que determinariam se algum texto é um mandamento a ser observado pelos cristãos nos dias de hoje ou se consiste em fato historicamente específico para os leitores originais. Para tanto, a primeira coisa a ser considerada na hora de interpretar essas passagens, seria saber se os trechos lidos tratam-se de uma questão moral ou espiritual; em seguida, teria que confirma se outros textos da Bíblia, principalmente o Novo Testamento confirma os referidos ensinos, e por fim se um princípio mais amplo é ensinado no contexto. Isso é importante para que o interprete não ensine alguma coisa contraria com o restante de toda Bíblia.

Fazendo isso, o interprete será capaz de identificar se o texto em que ele está estudando no Antigo Testamento é prescritivo, ou seja, se é uma verdade eterna para ser aceito como doutrina e prática cristã ou se é meramente descritivo, servindo unicamente para ilustração.