Depois de algum tempo sem postar alguns textos devido a correria do dia-a-dia, retorno com um assunto que chamou minha atenção nesta semana. Trata-se do engajamento de cantores evangélicos na política como candidatos neste pleito de 2010. A lista é extensa e certamente alguns nomes chamarão a atenção de muitos cristãos.

Quero adiantar que, como cristãos não tenho nada contra a política em si mesma. Na verdade, eu não sou a favor é da politicagem. Contudo, tenho consciência que todo crente, deve de forma fiel e consciente, usar o seu voto para eleger representantes que tenham condições morais e integridade para não se envolver na corrupção, e que tenha preferência por candidatos capacitados que busquem a direção de Deus e de sua Palavra. Com este pensamento, entendo que nós cristãos não somos pessoas alienadas politicamente, muito pelo contrario, devemos conhecer nossos direitos e deveres como cidadãos e sermos participativos em nossas comunidades na escolha de nossos governantes e legisladores.

Meu objetivo nesta postagem é refletir com os nobres leitores sobre a legitimidade da intenção desses cantores evangélicos por cargos políticos, já que a maioria deles se dizem vocacionados e chamados por Deus para o ministério cristão, principalmente pelo fato de que, caso alguns deles venha a se eleger, terão que dividir seu tempo entre o ministério e a carreira política. Por isso, para nós cristãos é inevitável surgirem algumas perguntas tais como, será que esses futuros candidatos sentiram um chamado divino para disputarem cargos públicos? Qual é a verdadeira intenção dos mesmos nessa empreitada? Seria colaborar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos? Seria contribuir com a inserção de valores cristãos em nosso país? Ou seria simplesmente uma busca por prestígio, fama e dinheiro?

Em um país com tantos escândalos políticos, envolvendo inclusive pessoas que se dizem representantes do povo evangélico, é importante refletirmos sobre essas perguntas e conhecermos o caráter desses candidatos para que não venhamos ver os mesmos infortúnios se repetindo. Portanto, cabe a você nobre leitor descobrir a verdadeira intenção desses candidatos.

Segue abaixo uma matéria publicada pelo portal Gnotícias intitulada “Conheça os cantores gospel que estão se candidatando nas eleições 2010”. Leia e deixe seu comentário.


Eles têm talento, ministérios consolidados, não desafinam quando o assunto é música e sonham com uma bem sucedida carreira política. No pleito de 2010 que acontece no mês de outubro, além de jogadores, pastores e políticos profissionais, um novo grupo surge para disputar votos: o de cantores evangélicos. Sete renomados artistas disputarão votos pelo Brasil a fora, mesmo com a proibição dos showsmicios.

Marco Feliciano, pastor e com breve investida na carreira musical, tenta uma vaga na Câmara Federal pelo PSC (SP). Ele disse que sentiu a necessidade de ingressar na política devido o preconceito e a conspiração contra o povo de Deus. “Ser evangélico nesse país é motivo de piada e como cidadão espero dar uma ajuda, nem que seja pequena”. Ele terá como companheira no coro celestial, caso seja eleito, a cantora Shirley Carvalhaes que pelo PRTB do Pernambuco disputa uma vaga na Câmara. Entre seus projetos a assembleiana quer reduzir a criminalidade. Lauriete também está na turma pentecostal que também quer ir para Brasília defender os evangélicos. O quarteto pode ficar completo com Mara Lima, atual vereadora pelo PSDB do Paraná que representando a Assembléia de Deus também sonha com uma vaga. Em 2006, Mara Lima foi candidata à deputada estadual, com 35,3 mil votos, não sendo eleita somente por falta de legenda. Em 2008 foi eleita vereadora com 12,6 mil votos.

Estreando na vida política, Waguinho promete não atravessar no samba, e muito menos na vida pública. Candidato pelo PTdoB do Rio diz que se inspira em Marcelo Crivella e espera repetir a votação do bispo da Universal, que também disputa uma vaga ao Senado. “Preciso fazer muito ainda pelo nosso estado.” Caso seja eleito ele poderá compor dupla com Magno Malta, senador capixaba, que tem um extenso trabalho contra a pedofilia no Brasil.

Mas há quem opte por abrir mão da carreira política para se dedicar a Igreja e banda. È o caso do deputado estadual José Bruno (DEM/SP), líder da banda de rock Resgate, que após primeiro mandato na Assembléia Legislativa, eleito em 2006 com 73 mil votos, disse em entrevista durante homenagem ao Dia da Mídia, que se tornou deputado ‘pelas circunstâncias’. Após abraçar e liderar a CPI da Pedofilia ele deixa o cargo em dezembro com projeto, no futuro, de retornar a vida pública. Pelo jeito a bancada da música promete formar um grande coro, se vai desafinar ou não, só o tempo vai dizer.