Foi noticiado no inicio desta semana, em vários veículos de comunicação, que o Papa Bento XVI deixou muito claro que a Igreja não pode buscar o poder, mas deve concentrar-se no anúncio de Cristo, ainda que isso implique o martírio. Esta declaração foi expressa na Mensagem para o dia missionário mundial 2009, que este ano tem como tema "As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24).
No texto, publicado no dia 5 de setembro pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o pontífice assegura que "a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo".
Quando se lê sobre a referida declaração, percebe-se que a mesma é levemente ambígua. Pois afinal, de que poder Bento XVI se referia? De um poder espiritual ou secular? De qualquer forma, independente de que poderio se referia o pontífice, é sabido que essas suas palavras e os fatos registrados em vários séculos de história da igreja católica se contradizem.
Se em sua declaração, o Papa estivesse se referindo ao poder secular ou temporal, a contradição residiria no fato de que por séculos a igreja romana dominou os costumes, a cultura e a crença em várias partes do mundo. Por exemplo, durante o feudalismo, a referida Igreja era a maior senhora feudal da época; a mesma também promoveu a criação do Sacro Império, onde Igreja e Estado eram casados; e enviou várias expedições de caráter "militar", denominada Cruzadas, em direção a cidade de Jerusalém e muito mais. Recentemente foi visto em nosso país a investida da igreja católica em influenciar o estado e a nossa sociedade através do acordo, recentemente firmado, entre o Brasil e o Vaticano. Afinal, isso não seria uma busca pelo poder secular?
Ainda, caso Bento XVI estivesse dito que a Igreja não pode buscar o poder espiritual, a contradição seria ainda maior, ou seja, o mesmo estaria se contradizendo com o maior e único Manual de regra e fé de toda cristandade – a Bíblia Sagrada. Pois, ao contrário do poder secular, a Bíblia recomenda sim a busca pelo poder espiritual. E, isso fica evidente nas próprias palavras do Senhor Jesus que recomenda: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de PODER,Lucas 24.49”. Ainda, Jesus disse em Lucas 10.19: "Eis que vos dou PODER para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. O apóstolo Pedro em sua primeira epístola reforça essa verdade escrevendo o seguinte: Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o PODER que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a gloria e poder para todo sempre. Amém, I Pedro 4.11” (Ênfase minha).
Somente a Deus Glória
Pb. Gleison Elias Pereira
2 Comentários
Ah sim, e nós protestantes são corretos, nunca fizeram burrada né rs.
ResponderExcluirToda instituição tem suas falhas e suas burradas, principalmente referindo-se a poder quando a mesma cresce, sabe pq? pq instituições são formadas por pessoas, e pessoas são falhas, beeem falhas mesmo.
abs
Prezado Thiago,
ResponderExcluirSem dúvida, pessoas e instituições são sujeitas a cometerem falhas, principalmente quando se perdem o foco principal que deve ser em Jesus Cristo e na sua Palavra. Todavia, isso não é motivo para ninguém permanecer no erro.
A solução para aqueles que se desviam do verdadeiro evangelho e passam a amar o presente século, ainda continua ser o arrependimento e uma volta ao primeiro amor.
Obrigado por sua participação!
Um abraço.
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